Autoria Luiz Silveira Guides
Luiz Silveira Guides nasceu em Rio Grande/RS, na década de 1920, e foi internado no Hospital Psiquiátrico São Pedro em 1950. Frequentou a Oficina desde 1990, até sua morte no ano de 2010. Seus trabalhos são caracterizados pela repetição e, conforme aponta a curadora Barbara Neubarth (2009), seus trabalhos são feitos de baixo para cima na folha, iniciam com a estruturação de linhas na horizontal, que vão sendo cortadas por linhas verticais, em gradeados. Dentro dessas estruturas, aparecem figuras circulares e a presença de setas, como ponteiros, e alguns números, que remetem a figuras de relógios. Mas relógios de tempos congelados, como é o tempo dentro das clausuras. Com seus trabalhos, participou da exposição “Quatro x Quatro”, em 1998, na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Com curadoria de Blanca Brites, seu trabalho foi apresentado em uma exposição individual no Museu de Arte do Rio Grande do Sul/MARGS, em 2003, integrando o evento “Corpo, Arte e Clínica”. Em 2009, participou da “V Bienal de Las Artes y La Salud Mental”, realizada na cidade de Havana, em Cuba, e, em 2010, da exposição “Eu sou você”, com curadoria de Blanca Brites e Tania Galli Fonseca, uma parceria do HPSP com o Museu da UFRGS. Participou ainda da exposição “Lugares do Delírio”, no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR-RJ), em 2017, e no SESC Pompeia, em São Paulo, em 2018, ambas com curadoria de Tania Rivera. Luiz Guides deixou um acervo de cerca de 6 mil obras.
REFERÊNCIA:
NEUBARTH, Barbara Elisabeth. No fim da Linha do Bonde, um Tapete Voa-dor: a Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro (1990-2008): inventário de uma práxis. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 281 f.